A semana que marca a ‘volta às aulas’ da Formula1 teve início com anúncios que começam a definir como vai ser o Mundial no ano que vem. Primeiro, o esperado calendário de 2020, o mais extenso da história com 22 GPs, entrada do Vietnã, retorno da Holanda e a ausência da Alemanha. Depois, nesta quinta-feira (29), foram traçados os destinos de Valtteri Bottas, que segue na Mercedes por mais um ano, enquanto Esteban Ocon vai assumir o lugar de Nico Hülkenberg na Renault ao assinar por duas temporadas.

A Mercedes optou por não mexer em time que há tempos está ganhando. A permanência de Bottas por mais um ano mostra não apenas um apreço pela filosofia de continuidade, mas também coloca Lewis Hamilton já no caminho rumo ao heptacampeonato em 2020. Valtteri é um piloto ok, pode vencer algumas corridas aqui e ali, mas não vai incomodar seu companheiro de equipe na missão de quebrar os recordes de Michael Schumacher e ser o maior piloto da F1 em todos os tempos. Mudanças na dupla de pilotos da Mercedes? Quem sabe em 2021.

Se a Mercedes não precisa de grandes mudanças, na Renault elas são mais do que necessárias. E para ontem. Por isso, aproveitou a chance de trazer Esteban Ocon e garantir sangue novo em um time que sonha em voltar a viver seus melhores momentos na F1. Sem margem para evoluir como piloto, Nico Hülkenberg perdeu a concorrência para o francês, quase dez anos mais novo e com um potencial enorme para destravar.

A não ser que tenha uma inesperada chance em equipe capaz de brigar por vitórias, como a Red Bull, Hülkenberg caminha para ser mais um a fazer número na F1, além de ficar estigmatizado com o recorde negativo de piloto com mais corridas sem um pódio no Mundial. Ocon, ao contrário, chega à Renault com muito prestígio e louco de vontade de fazer história. Claro que não vai depender só dele, já que há tempos que a equipe anglo-francesa não consegue decolar.

Com os anúncios desta manhã, restam sete vagas indefinidas para 2020. A Red Bull trouxe Alexander Albon para ser avaliado visando 2020 e busca um companheiro de equipe para Max Verstappen. A irmã menor Toro Rosso depende da matriz para definir seus pilotos para o ano que vem, de modo que nem Daniil Kvyat e tampouco Pierre Gasly parecem estar garantidos.

A Alfa Romeo tem mais um ano de contrato com Kimi Räikkönen, enquanto Antonio Giovinazzi é uma grande incógnita. Na Racing Point, é Lance Stroll, filho do dono do dinheiro e da equipe, e mais um, e ainda que não haja uma confirmação oficial, dificilmente Sérgio Pérez deixa o time de Silverstone.

Hülkenberg concorre com Romain Grosjean por uma vaga na Haas, enquanto a outra está reservada a Kevin Magnussen, ainda sob contrato. E na Williams, George Russell deve ficar para fazer dupla com Robert Kubica, Nicholas Latifi ou então algum outro nome que aparecer de última hora.

A F1 trabalha agora para definir os detalhes do tão aguardado regulamento técnico para 2021 e para fechar o grid da próxima temporada. Tudo isso em meio à contagem regressiva para mais um título de Lewis Hamilton.

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